Desenvolvimento do Consenso Ibero-Americano no Manejo da Pancreatite Aguda
Após uma década do mais recente consenso internacional, a Associação Espanhola de Gastroenterologia (AEG) convidou várias associações de gastroenterologia e especialistas da OPGE da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Uruguai, para publicar no início de 2023, um consenso para orientar a prática clínica na Ibero-América no manejo da pancreatite aguda.
Em 2021 e graças à iniciativa do Dr. Enrique Madaria, Presidente da Associação Espanhola de Gastroenterologia (AEG), surgiu a iniciativa de realizar um Consenso Ibero-Americano sobre a Gestão da Pancreatite Aguda, missão que convocou várias associações, incluindo : Associação Espanhola de Gastroenterologia, Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia, Sociedade Interamericana de Endoscopia Digestiva (SIED) e Organização Pan-Americana de Gastroenterologia (OPGE), com o objetivo de desenvolver um consenso que sirva de guia para a prática clínica no Região Ibero-Americana.
Segundo a Dra. Carla Mancilla A., Representante da OPGE no Consenso Ibero-Americano sobre o Manejo da Pancreatite Aguda: “Ao longo deste ano trabalhamos na busca de especialistas altamente qualificados no assunto e no desenvolvimento do metodologia que será utilizada no consenso. Cabe destacar que a OPGE contará com especialistas da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru e Uruguai.”
A Pancreatite Aguda (PA) é uma doença comum e dentro da área da gastroenterologia, uma das principais causas de hospitalização. No Chile, as descargas anuais por PA estão próximas de 10.000 casos. Sua gravidade é variável, sendo leve em 85% dos casos. Nesses casos, apenas o manejo geral é necessário, priorizando a analgesia e a hidratação e a posterior e imediata resolução da patologia causadora, que na maioria dos casos corresponde à litíase biliar. No entanto -na opinião de Mancilla- nos 15% restantes a doença pode evoluir com graves complicações locais ou sistêmicas, exigindo manejo complexo em unidades de terapia intensiva e uso de métodos de drenagem endoscópica ou radiológica que exigem alta hospitalar. complexidade com especialistas altamente qualificados .
As características variáveis desses pacientes em uma patologia frequente endossam a realização de consensos que permitem nortear as práticas médicas. O último consenso data de uma década e a experiência mostra que, mesmo em centros de alta complexidade, a adesão às recomendações é parcial.
Atualmente e já definida a metodologia do Consenso Ibero-Americano para o Manejo da Pancreatite Aguda, os trabalhos começarão por comissões com representantes de todas as associações que se encarregarão de responder a questões específicas sobre o manejo da AP com base nas melhores evidências disponível na literatura médica.
“Esperamos ter o documento definitivo até o final de 2022, início de 2023. Estamos certos de que este documento de consenso representará uma grande contribuição para a prática médica em lugares tão diferentes da Ibero-América onde a disponibilidade e o acesso a recursos podem ser Por outro lado, esperamos contribuir em termos de saúde pública oferecendo um documento que permita racionalizar as terapias e os custos delas decorrentes e reforçando a colecistectomia preventiva”, concluiu a Dra. Carla Mancilla.
Os coordenadores por Association for Consensus são responsáveis pelo seguinte:
- Associação Espanhola de Gastroenterologia: Dr. Enrique de Madaria
- Associação Espanhola de Pancreatologia: Dra. Emma Martínez
- Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia: Dr. Miguel Bispo e Dr. Pedro Moutinho
- SIED: Dr. Rodrigo Mansilla
- OPGE: Dra. Carla Mancilla